Como a compra dos bilhetes – para passageiros e viatura – foi feita em alemão, qualquer coisa se perdeu na comunicação e, quando chegámos ao barco, não conseguíamos encontrar os nossos camarotes.
O nosso ar de perdidos deve ter alertado um tripulante que se prontificou a ajudar-nos. Bastou um segundo para perceber que não tínhamos direito a camarote.
O quê? Depois de tantos marcos gastos (era nesse tempo). Bem, onde é que dormimos?
Venham comigo… (sim, em português, que o Zé era de Cascais)
E levou-nos a um salão onde se alinhavam cadeiras, como se no cinema estivéssemos. À entrada é à esquerda, a casa de banho. Lavatórios alinhados e à vista de todos. Nem procurei as sanitas.
- Aqui não fico! E estava a falar a sério.
O Zé prometeu tentar encontrar uma solução, mas não garantia nada. Algum tempo depois, estava de volta e punha à nossa disposição os seus alojamentos (dele e da irmã).
Minutos depois, uma solução ainda melhor: dois camarotes na zona mais sossegada do barco e com televisão e tudo. Como foi possível?
Vejam o próximo capítulo.
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