sexta-feira, 8 de maio de 2009

Irlanda III



Chegada a Cork. Táxi para Ballycotton.
O primeiro sinal de alerta foi dado pelo motorista que demorou algum tempo a descobrir para onde queríamos ir. Um "Ah!" de reconhecimento sossegou-nos (por momentos).
Campo (muito bonito), campo, campo ...
No banco de trás, tentámos conter o riso, adivinhando o que o passageiro da frente (o senhor do casaco) estava a pensar. Sem aviso prévio rebentámos numa gargalhada a três. O motorista deve ter pensado que não éramos bons da cabeça. O senhor do casaco percebeu e riu também.
Chegada ao hotel. Encantador, tal como nos tinham dito. O motorista deixou-nos o contacto e, na altura, não percebemos bem porquê. A nossa reserva não estava feita, mas arranjaram-nos quarto. O senhor do casaco conteve-se.
Malas abertas e passeio pela vila. Com calma, porque íamos lá ficar duas noites.
Descrição: uma rua, casas com jardins lindíssimos (ver Irlanda II), uma esquadra da polícia minúscula e pintada de azul bem forte (fechada), um pub que fechava às 5:00 e um porto. Mais nada! Nada!
Ah! sempre que um carro passava por nós (poucos) abrandava e os passageiros acenavam e sorriam.
Uma hora depois estávamos de volta ao hotel. Restaurantes ? O do hotel que, por sinal, tinha uma comida divinal. Transporte para sair dali? Um autocarro por dia (lembram-se do gesto do taxista?)
Voltámos a Cork e visitámos um castelo de cujo nome não me lembro (valeu a viagem) e regressámos a Ballycotton de táxi. Andámos, andámos, passámos por carros com feno, uma praia e nada de reconhecermos o percurso. Para trás. Muito tempo depois, avistámos, do outro lado da baía, lá muito longe, aquilo que parecia ser o nosso hotel. O senhor do casaco ia controlando o ponteiro do combustível que descia, descia... até atingir o vermelho. Finalmente chegámos e o taxista não exigiu mais do que o combinado. Deve ter pago para trabalhar, nesse dia... (tal e qual os nossos).
A viagem pela Irlanda continuou, ainda ficámos num hotel com fortíssimo cheiro a cavalo (a parte menos agradável do dito) e conhecemos mais um taxista (também uma simpatia).
Gostei, embora não pense repetir a experiência, porque há muito mundo para ver.
Nota final: não quero que pensem que o senhor do casaco é mau companheiro de viagem; nada disso! Gosto muito dele. O único senão é querer que tudo corra como planeado e à hora prevista.
Ah! também detesta incompetentes e mal-educados e odeia gente pouco séria. Estou com ele.

6 comentários:

  1. O meu imaginário constrói uma Irelanda verde, a perder de vista, com aroma a relva fresca, acabada de cortar, e uma pacatez de vida, mansa e calma como o correr preguiçoso de um rio no seu meandro.
    Gostei das imagens da HP.

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  2. Imperdoável o esquecimento do nome do castelo!!!
    É, nem mais nem menos, que o famoso Blarney Castle (lindíssimos jardins e paisagens a fazer lembrar antiquíssimos mitos celtas...). Nele entontra-se a Blarney Stone que, de acordo com as lendas, confere a quem a beijar ( de costas no chão e com a cabeça suspensa no abismo) o dom da eloquência. Esta é apenas uma das muitas histórias que nos proporciona este fantástico País.
    Por um dos quatro aventureiros.

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  3. Ah! Agapê: já sei, beijaste a Blarney Stone ;) Eu andava curiosa por saber de onde vinha tanta 'blogueloguência' ;) Continua! Gosto de ler as tuas aventuras! Uma sugestão só: coloca mais etiquetas para que as tuas aventuras possam ser mais conhecidas e, também, úteis a eventuais viajantes para os locais que descreves...

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  4. Obrigada pela sugestão, DêPê. Mudanças em curso.

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  5. FIQUEI COM VONTADE DE CONHECER A IRLANDA DEPOIS DE VER AS FOTOS. VIAJAR É FANTÁSTICO E ALARGA HORIZONTES. PARABÉNS PELO BLOGUE.

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  6. Bem-vindo, tche.
    Não te esqueças que agora também és autor... ficamos à espera.

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